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Taxa de mortalidade pós-neonatal

(Taxa de mortalidade infantil tardia| coeficiente de mortalidade pós-neonatal)

1. Conceituação

Número de óbitos de 28 a 364 dias de vida completos| por mil nascidos vivos| na população residente emdeterminado espaço geográfico| no ano considerado.

2. Interpretação

Estima o risco de um nascido vivo morrer dos 28 aos 364 dias de vida. De maneira geral| denota o desenvolvimento socioeconômico e a infra-estrutura ambiental| que condicionama desnutrição infantil e as infecções a ela associadas. O acesso e a qualidade dos recursos disponíveispara atenção à saúde materno-infantil são também determinantes da mortalidade nesse grupo etário. Quando a taxa de mortalidade infantil é alta| a mortalidade pós-neonatal é| freqüentemente| o componentemais elevado.

3. Usos

Analisar variações populacionais| geográficas e temporais da mortalidade pós-neonatal| identificandotendências e situações de desigualdade que demandem ações e estudos específicos. Contribuir na avaliação dos níveis de saúde e de desenvolvimento socioeconômico da população| prestando-se para comparações nacionais e internacionais. Subsidiar processos de planejamento| gestão e avaliação de políticas públicas – sobretudo na área ambiental– e de ações de saúde voltadas para a atenção pré-natal e ao parto| bem como para a proteção da saúdeinfantil.

4. Limitações

Requer correção da subenumeração de óbitos e de nascidos vivos (esta em menor escala)| para o cálculodireto da taxa a partir de dados de sistemas de registro contínuo| especialmente nas regiões Norte e Nordeste.Essas circunstâncias impõem o uso de cálculos indiretos| baseados na mortalidade proporcional poridade| em relação à taxa de mortalidade infantil estimada por métodos demográficos específicos. Com relação às estimativas da mortalidade infantil| envolve dificuldades metodológicas e imprecisõesinerentes às técnicas utilizadas| cujos pressupostos podem não se cumprir| por mudanças na dinâmicademográfica. A imprecisão é maior no caso de pequenas populações.

5. Fonte

Ministério da Saúde: Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). e Sistema de Informações sobreNascidos Vivos (Sinasc) – para o cálculo direto. IBGE. Diretoria de Pesquisas (DPE). Coordenação de População e Indicadores Sociais (COPIS). Projeçõesde população do Brasil| grandes regiões e unidades de Federação| por sexo e idade| para o período1991-2030. Rio de Janeiro 2005 – para o cálculo indireto.

6. Método de cálculo

Direto:
(Número de óbitos de residentes de 28 a 364 dias de idade / Número de nascidos vivos de mães residentes) x1000 Indireto:
Aplica-se| sobre a taxa de mortalidade infantil estimada pelo IBGE| a proporção de óbitos de 28 a 364 diasde vida completos informados no SIM (percentual em relação ao total de óbitos de menores de um ano| excluídos os de idade ignorada). Este método é aplicado para os estados que apresentam cobertura doSinasc inferior a 90% ou que não atingem o valor de 80% de um índice composto| especialmente criado|que combina a cobertura de óbitos infantis com a regularidade do SIM.